Antes de mais nada… Você sabe o que é licenciamento? De forma breve, é quando a dona de uma marca aluga os direitos de uma propriedade intelectual para alguém que desenvolverá produtos ou serviços usando aquela imagem.
De forma mais prática… 
Imagine que a Empresa X ama o the biz e quer produzir roupas usando nosso unicórnio. Como nós somos donos da imagem, essa empresa nos pagaria para poder fazer as roupas e nós receberíamos royalties por cada peça vendida.
Esse é apenas um exemplo de algo muito comum no mundo todo. O mercado global de produtos licenciados foi de cerca de US$ 290 bilhões em 2020 e a projeção é que alcance quase US$ 340 bilhões em 2027.
Fazendo a conversão, atualmente, o mercado movimenta cerca de R$ 1,5 trilhão no mundo todo, sendo R$ 21 bilhões no Brasil.
Vale destacar que esse é um segmento muito conectado ao entretenimento. Quase metade das vendas dos produtos licenciados vem de produtos e serviços de personagens e entretenimento.
Aqui vai um bom exemplo… 
O filme The Batman, lançado recentemente, chegou abalando o mercado — além dos feeds de redes sociais (risos). Foi mais de meio bilhão de dólares somente com a venda de ingressos — ficando atrás apenas do último Homem-Aranha, considerando a era pandêmica.
Segundo dados que nosso time obteve da Nubimetrics com exclusividade, a procura pelo termo “Boneco Batman” cresceu 94% e a busca por “Batmóvel” subiu 82%, reforçando o potencial dos produtos licenciados. As pessoas querem comprá-los.
Diversas marcas estão aproveitando essa alta e lançaram produtos inspirados no protagonista do filme. É o caso da Cacau Show, Bob's, Puma, C&A e até mesmo da Fossil, que já estão vendendo produtos do “novo Batman”.
A líder global do mercado 
Nada mais nada menos do que a empresa fundada em 1923 por Walt Disney. Você é inteligente e deve saber de qual companhia estamos falando. risos.
De camisetas do Mickey à Legos do Star Wars, a Disney sempre foi muito forte em seus produtos licenciados. Por ser uma marca encantadora e dona de filmes que conquistam o coração de milhões de pessoas, o desejo por produtos de suas personagens sempre foi enorme.
As vendas globais no varejo de mercadorias licenciadas da Disney totalizaram US$ 54 bilhões em 2020 — quase o dobro da segunda colocada. Veja no gráfico:
O mercado é relevante 
Os números já te mostraram isso. Inclusive, existem empresas especializadas em fazer parcerias com marcas conhecidas para monetizá-las através de acordos de licenciamento.
É o caso do Authentic Brands Group (ABG), empresa americana de gestão de marcas que possui diversos negócios em seu portfólio — incluindo Reebok e Forever 21 —, além de ser dona dos direitos de imagem de celebridades como Muhammed Ali e Elvis Presley.
Esse mercado é bem presente no nosso dia a dia 
Talvez você já tenha visto aqueles quiosques de shopping que vendem tudo quanto é bugiganga de seus filmes e séries favoritos. Também é muito comum ver produtos de clubes esportivos, como chaveiros, canecas e materiais escolares. Até maçã da Turma da Mônica existe — e desde antes do estagiário nascer. risos.
Um case que você talvez não conheça 
No final de 2009, a Disney comprou a Marvel por US$ 4 bilhões, tornando-se dona de todas as personagens e propriedades intelectuais da empresa de entretenimento.
Dessa forma, a Disney passou a receber os royalties dos produtos licenciados da Marvel. Enquanto isso, os donos da empresa vendida ficaram “apenas” com o valor da aquisição — sem direito a royalties, que poderiam durar por muitos e muitos anos.
Passados alguns anos… 
A empresa do Mickey comprou a Lucasfilm, conhecida pela produção da famosa saga Star Wars — também por US$ 4 bilhões. Mas, embora o valor seja igual, pode ter tido uma diferença muito significativa.
Por quê? Especula-se que George Lucas, o criador da produtora Lucasfilm, receba dinheiro até hoje por conta dos personagens criados por ele.
Independente de ser verdade ou não, é possível ter uma noção do potencial do mercado de licenciamento. Pode ser que o criador da franquia esteja colhendo os frutos de seu trabalho até hoje.
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