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O REFLEXO DAS DEMISSÕES VOLUNTÁRIAS NO FUTURO DO TRABALHO




"Eu me demito" é uma das ondas atuais do mercado de trabalho — e conversaremos sobre o tema hoje, combinado?

Antes, você lembra que na última edição da série futuro do trabalho teria uma novidade? Pois o momento de te contar chegou… 😅

 

A partir de agora, a Start Sua Semana, a news que desdobra a tendência do momento e traz insights para você, será enviada aos domingos. A ideia é que você já comece a semana sabendo como lidar com os movimentos do agora. Demais, né?

 

E hoje nós vamos conversar sobre uma onda que está dando o que falar: “Great Resignation”, ou na tradução “A Grande Renúncia”.


É um movimento em que trabalhadores se demitem (se você acompanha a StartSe diariamente já sabe disso, mas hoje vamos mergulhar nesta história e trazer dicas para você lidar com o movimento).

perdido

(Foto: GIF)

Como começou? 🤔

A onda foi impulsionada no final de 2020 nos Estados Unidos, quando os millenials pediram demissão de seus empregos após repensarem a prioridade do trabalho em suas vidas


Para você ter uma ideia, em 2021, mais de 39 milhões de trabalhadores pediram as contas por lá. O que acendeu um alerta 🚨: o movimento impactaria o futuro do trabalho mundialmente. Impactou.

 

E chegou ao Brasil… 

Pois é. Se de um lado, o país permanece com alta taxa de desemprego, do outro pessoas pedem demissão voluntária. Os dados mostram que em março de 2022, houve um aumento de cerca de 37% de trabalhadores brasileiros que pediram as contas do emprego quando comparado com o mesmo período do ano passado. Veja no gráfico abaixo:

Pedidos de demissão - Gráfico

Pedidos de demissão no Brasil (Dados: LCA Consultores e Caged | Gráfico: Infogram)

O motivo? 🤯

Você deve imaginar: cultura corporativa tóxica, busca por realização pessoal e mais flexibilidade no trabalho. Sim, as pessoas colocam a saúde mental em primeiro lugar. 

 

O que me fez lembrar de um artigo que escrevi no ano passado sobre as pessoas que pedem demissão para cuidar, por exemplo, da saúde mental. À época, contei sobre a Simone Biles, quatro vezes medalhista de ouro nas Olimpíadas, que desistiu de competir na final.

O mercado de trabalho mudou…

As demissões voluntárias são um reflexo de que o mercado de trabalho mudou — e as empresas que não se adaptarem vão correr o risco de perder talentos, e cá entre nós: em tempos de escassez de bons profissionais, é melhor evitar o risco. 😉

 

Mas, por onde começar?

O primeiro passo é ligar o termômetro para descobrir se existe a tendência de aumentar o número de demissão voluntária dentro da sua empresa. 

 

Depois, faça um diagnóstico sobre a política de benefícios e modelo de trabalho. Muito provavelmente será necessário mudá-los. Uma boa dica é usar a análise de dados a seu favor.


Exemplo: um dos motivos de demissão voluntária é a falta de flexibilidade nas empresas, certo? Faça, então, uma pesquisa interna e veja qual é o melhor modelo de trabalho para funcionários. Se você oferece o presencial e a pesquisa mostra que a maioria quer híbrido, é hora de reavaliar. Neste artigo, tem mais dicas para você, tá? Todas de especialistas no assunto.

 

Agora, se o movimento já começou por aí. Aperte os cintos e acelere as mudanças necessárias. E o que não é indicado a fazer: oferecer aumento de salário. Segundo a McKinsey, pode não ser uma boa opção. Afinal, vai chegar um momento em que o leilão ficará insustentável para as companhias.

Resumindo: não tem como falar do futuro do trabalho sem trazer o movimento de demissão voluntária que começou nos Estados Unidos e chegou no Brasil. Isso porque, as empresas precisam entender que o mercado mudou. Hoje, os funcionários prezam mais pela humanização e flexibilidade. E você: o que tem feito atualmente para reter o seu talento?

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